Leia a entrevista com Monge, em que ele fala sobre a sua caminhada, o novo disco, Duelo de MCs e a participação no Festival Reviva Rap.
Monge MC é um artista do Hip Hop, não ligado apenas a um segmento da cultura, mas sim a toda diversidade que ela pode nos oferecer. Um dos
vencedores da 1ª edição do Reviva nos fala um pouco sobre sua caminhada e
o Hip-Hop em Minas Gerais. Se liga aí: A caminho de Zion
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A caminho de Zion
“Em 2000 eu comecei como Escritor de Garffiti pela N.O.T Crew e em
2003 meu irmão de Crew e de vida o Dmorô (na época “Lau”) me convidou
pra formar um grupo de Rap com ele, o detalhe era que eu nunca tinha
escrito uma letra de rap e não demonstrava a mínima desenvoltura para
tal e muito menos estar no palco, mas pela amizade e desafio topei a
missão.”
“Depois que o grupo se desfez comecei a pensar meu trampo solo.
Cheguei a ter um Ep pronto mas por vários motivos larguei de lado, e em
2011 comecei a idéia do CaminhoDeZion, que é o trampo que hoje
desenvolvo e que esse ano dará seus primeiros frutos.”
Tivemos a oportunidade de conhecer um pouco do rap em Minas Gerais, e
sobre isso Monge nos conta algumas características do Rap produzido em
Minas…
“Uma palavra que acredito que resumo bem a produção Mineira é
DIVERSIDADE. A produção local é muito diversa, os artistas/grupos têm
referências muito amplas e isso dá ao nosso Estado uma característica
bem específica que é a não uniformidade da produção.”
Monge não afirma que essa diversidade só exista em Minas, mas diz que
lá é mais gritante; “Se pegarmos poucas referências, mesmo sendo
artistas/grupos que compartilham do mesmo ciclo e referencias, vamos
perceber diferenças grandes entre uns e outros.”
“creio ser um bocado relacionado com o fato de ainda consumirmos
muita coisa de outros lugares, o que acaba por influenciar de alguma
maneira as produções daqui.”
Duelo dos MCs
O Duelo de MCs é o fruto do amor de algumas pessoas pelo Hip Hop,
que se tornou algo maior do que o desejo inicial de reunir amigos pra
fazer uma batalha de MCs. O Duelo de MCs começa em 2007 como uma roda
de amigos duelonado numa praça, esse encontro semanal dá vida ao
coletivo Família de Rua e depois da vida a um espaço, que é o viaduto
Santa Tereza onde o Duelo acontece desde o início de 2008. O Duelo tomou
hoje uma proporção muito maior do que nós poderíamos imaginar, e tem se
desdobrado em projetos, ações e parceiras que tem alimentado o Hip Hop
local de uma forma muito bonita e sincera, fora a exposição que tem
gerado do Hip Hop mineiro pra fora do Estado. Hoje temos reunido cerca
de 1.000 pessoas por sexta-feira pra celebrar o Hip Hop no centro de BH.
E quando falo Hip Hop é porque as quatro manifestações artísticas do
Hip Hop estão semanalmente debaixo do viaduto coexistindo em
considerável harmonia. O Duelo tem se tornado uma referência local e
nacional em se tratando de batalha de Mcs e de encontro de Hip Hop, e o
mais importante tem sido não perder a essência, continuar na rua, com
todos os elementos do Hip Hop e tentando ser o mais verdadeiro possível.
E fica o convite pra quem quiser e puder… Colar pra compartilhar com a
Família de Rua.
Disco “Caminho de Zion”
“O Ep CaminhoDeZion é parte do projeto CaminhoDeZion, que envolve
Música, Áudio-visual, Mangá (revista em quadrinho) e Graffiti. As
músicas do Ep são parte da história do CaminhoDeZion, que será contada
através dessas plataformas, cada música conta, de alguma forma, uma
parte dessa história que pode ser considerada uma ficção-real. A
gravação está sendo feita no Estúdio Giffoni, os instrumentais são
assinados pelos irmãos CoyoteBeatz, Eazy-CDA e o próprio Giffoni. O Ep
conta com as parceiras nas rimas dos meus parceiros Dmorô, Digô, Vinição
e da minha irmã Lana Black.”… E podem ter certeza, virão muitas coisas
boas desse projeto.”
O que motiva vir pra SP para participar do Festival?
“A motivação é viver o Hip Hop! Acredito no Hip Hop como o meio pra
compartilhar, conviver, conhecer e claro… viver. Ir pra SP é parte desse
desejo, é parte dessa construção. Creio ter criado vínculos que vão
durar pra vida e creio deixei marcas e voltei com marcas, e que essas
marcas vão me fazer evoluir que as que deixei farão evoluir. O mundo é
grande, o Hip Hop é grande demais pra ficar só em um lugar ou em alguns
poucos lugares, e acredito que quanto mais circulo mais aprendo e isso
enriquece quem sou e por consequência o que produzo/crio.”
Deixa um salve pro POVO ai…
Então Família…acreditem na Cultura Hip Hop como Linguagem Universal!
Busquemos a amplitude e as possibilidades que ela nos oferece pra nos
tornamos pessoas cada vez melhores e mais sábias! E obrigado a geral que
tem acreditado no meu trampo, espero que tenham sentido o quanto é pelo
Hip Hop e por nós, e sintam-se parte dessa construção, pois de fato
são. E podem esperar muito trampo bom do CaminhoDeZion, essa é minha
vida e de uma pá que tá comigo nessa, então como diriamos por aqui…NÃO
VAI DAR OUTRA!
Vem com a gente no CaminhoDeZion…Hip Hop a Cultura é Eterna!
FONTE: Festival Reviva Rap | http://www.revivarap.com.br/?p=768